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Samsung Galaxy S9, e a difícil tarefa de inovar com dois novos smartphones por ano

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Muita gente a essa altura do campeonato se pergunta se a Samsung está acertando ao lançar dois smarpthones premium no mesmo ano. Por mais que as linhas Galaxy S e Galaxy Note sejam minimamente segmentadas, elas não abem margem para muitas inovações, deixando os dois dispositivos como um “mais do mesmo” que pode incomodar.

Olhando de forma mais enfática para a situação, nos últimos três anos (pelo menos; e posso dizer isso, porque o Galaxy Note 7 chegou a ser anunciado), a Samsung se limitou a lançar um dispositivo premium com melhorias em detalhes pontuais (processador mais potente, câmeras melhores, etc) no primeiro semestre, com a linha Galaxy S, e um segundo modelo premium, com tamanho de tela maior e uma S-Pen que também melhora pontualmente, além de otimizações pontuais, com a linha Galaxy Note.

Ou seja, não há margem para grandes inovações ou revoluções de design e funcionalidades. Não há espaço para grandes surpresas ou viradas de mesa que acabam surpreendendo o mercado e até estimulando as vendas.

Logo, algumas pessoas entendem e acreditam que está na hora da Samsung abandonar o conceito de dois lançamentos anuais de dispositivos premium, e apostar em um lançamento triplo, em uma única janela de lançamento, combinando os três conceitos, se possível.

Caso contrário, ajustar a janela de lançamento para que, em um mesmo evento ou ação promocional, oferecer diferentes alternativas para diferentes perfis de uso. Se a Samsung oferece diferentes dispositivos em intervalos de tempo separados (até mesmo para ter diferentes momentos de impulso de vendas ao longo do mesmo ano), pode oferecer ao mesmo tempo três dispositivos diferentes que atendem vários perfis de usuários com diferentes finalidades e objetivos.

Acho que o grande problema da Samsung é que, de forma efetiva, ela não é a Apple nas vendas de smartphones top de linha. Além de vender muitos smartphones, a gigante de Cupertino só vende dispositivos com preços elevados (ah, sim, tem o iPhone SE com preços competitivos, e modelos como o iPhone 7 que ainda vendem bem). Sem falar na margem de lucro, que é enorme.

Por mais que a Samsung produza vários dos componentes presentes nos seus smartphones premium, a margem de lucro é menor. E, para equilibrar as finanças, precisa de janelas de lançamento diferentes, e dispositivos minimamente diferentes para justificar esses lançamentos.

O problema é que Galaxy S e Galaxy Note estão ficando cada vez menos diferentes. E isso começa a cobrar um preço alto para a Samsung. Em todos os sentidos.


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@oEduardoMoreira