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Precisamos dos smartphones absurdamente caros. Fato!

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A triste realidade é que precisamos de smartphones com preços absurdos. E não estou falando isso apenas porque quero ser elitista, ou porque eu não queira um mercado mais justo. É exatamente o contrário.

2017 foi o ano em que vimos a fronteira dos R$ 5 mil para um smartphone ser estraçalhada sem maiores cerimônias. Lá fora, a marca dos US$ 1 mil foi estabelecida para dispositivos considerados “de elite”, como o Samsung Galaxy Note 8 e o iPhone X. Já no Brasil, o novo smartphone top de linha da Apple conseguiu alcançar absurdos R$ 7.7 mil. O preço de uma moto zero, ou de um carro popular (bem) usado.

Um absurdo. Eu jamais pagaria esse valor em um smartphone. Aliás, o máximo que me permito pagar hoje em um telefone móvel inteligente é R$ 1.500 (e, ainda assim, reclamando muito). Hoje, eu tenho modelos intermediários premium muito bons, que alcançam a faixa dos R$ 2.500 e, mesmo assim, eu só os tenho porque ganhei os modelos dos respectivos fabricantes. Fora isso, meu próximo top de linha será um lançado em 2016, e que pretendo pagar no máximo R$ 1.000 nele.

É assim que eu vivo. De dispositivos usados. E, por causa deles, eu tenha que agradecer aos céus por existir um iPhone X com um preço absurdo, ou um Galaxy Note 8 proibitivo para mim.

Tais modelos oferecem a evolução tecnológica que os demais dispositivos de suas respectivas famílias vão receber em um futuro não muito distante. Além disso, modelos absurdamente caros permitem que eu pague hoje em torno de R$ 1.000 em um Galaxy S7 que, em 2016, custava R$ 2.700.

 

 

Eu sei. Tem a desvalorização do modelo, a tecnologia obsoleta e uma série de fatores implícitos nessa equação. Sei também que eu gostaria de ter um Galaxy S8 ou um iPhone 8 com um preço legal e mais racional. Mas sei também que não posso pagar esse valor. E que um top de linha de 2016 ainda será bem competente em 2018, recebendo inclusive o Android Oreo.

Aliás, se me perguntassem qual iPhone eu compraria (e que, na verdade, estou tentado a comprar), este seria o iPhone 6s. Ele ainda é bem potente, e terá uma vida útil de mercado considerável, já que deve receber pelo menos mais duas versões do iOS, rodando as mesmas sem problemas e com a fluidez necessária.

Ou seja… por mais que a gente fale dos preços dos novos tops de linha dos principais fabricantes, precisamos desses modelos com preços absurdos para fazer o mundo da mobilidade girar em outras faixas de preços, e para usuários com diferentes finalidades.

Tem muita gente que começou a se beneficiar de um Galaxy S8 custando quase R$ 4 mil.

Eu, inclusive.


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@oEduardoMoreira