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Pais tem o direito de ler o WhatsApp dos filhos? Até onde eles podem ter privacidade?

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Até que ponto o seu filho, aquela criança remelenta ou aquele adolescente insuportável, que mora na sua casa, comendo da sua comida e não ajudando a pagar as contas de casa… tem direito à privacidade?

Sim, eu sei… é um assunto bem polêmico, mas temos que lidar com ele de tempos em tempos.

Privacidade é algo que é muito sério para todo mundo, independente da idade. E todo mundo tem direito a ter a sua privacidade preservada. Por outro lado, as facilidades oferecidas pela internet, redes sociais e comunicadores instantâneos também resulta em um perigo maior para crianças e adolescentes, que podem ser vítimas de crimes de diferentes espécies.

Indo do bullying até a ameaça física e moral, passando pela intimidação, o revenge porn, pedofilia, assédio moral e tantos outros. Muitas vezes os pais não sabem que seus filhos estão passando por isso, muitas vezes por respeitarem a privacidade da criança. Porém, um ser que ainda não tem um senso crítico completamente formado pode tomar decisões drásticas, que comprometam a sua integridade física e moral.

É um assunto complexo e polêmico.

Particularmente, entendo que uma legislação sobre o assunto não é a melhor solução. Sempre acho que cada caso é um caso, e que os pais são os principais responsáveis por cuidar de seus filhos.

Entendo que a privacidade concedida aos filhos vem da confiança. Os pais conhecem os seus filhos, e sabem se podem confiar ou não no bom senso deles para determinados comportamentos e atitudes nas redes sociais.

É claro que existem as ferramentas para os pais mais preocupados. O Facebook, por exemplo, já desenvolveu o Messenger Kids, que preserva a privacidade da criança até um certo ponto, já que os pais tem o controle das pessoas com quem ele pode conversar.

De qualquer forma, eu sempre espero que o bom senso nos lares prevaleça. Muito diálogo é necessário para que os dois lados do processo consigam se entender.

Cuidar da criança é, em alguns casos, limitar alguns passos. Mas isso é para o bem delas. Por outro lado, com o tempo, devemos soltar a corda para que elas possam caminhar sozinhas.


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@oEduardoMoreira