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Os perigos de ter as redes sociais como fontes de informação

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O WhatsApp é a a terceira maior fonte de notícias do mundo. Pode parecer algo surreal para muita gente, principalmente para quem vem da mídia tradicional, mas é a mais pura verdade.

Muita gente se informa pelo WhatsApp, e não apenas por ele. A principal fonte de notícias da maioria das pessoas ditas comuns (não estou aqui colocando os especialistas em tecnologia e pessoas com temas, objetivos e interesses específicos) nesse momento é o Facebook.

Isso mesmo. Aquela rede social onde você vê os assuntos sendo comentados apenas no dia seguinte em que os eventos acontecem, e não em tempo real como acontece no Twitter.

Nada contra as pessoas se informarem pelo WhatsApp. Hoje em dia, algumas empresas utilizam o comunicador instantâneo como ferramenta de interação direta com seus clientes. Por exemplo, a pizzaria que quer oferecer promoções, ou lojas que convidam o cliente cadastrado a visitar para conhecer os seus novos produtos.

Essa é uma forma útil de se manter informado sobre alguma coisa.

Porém, tanto o Facebook quanto o WhatsApp funcionam de forma prioritariamente orgânica, ou seja, seu conteúdo é alimentado por aquilo que os usuários acabam publicando ou compartilhando nessas ferramentas.

E é aí que está o problema.

Em veículos tradicionais ou com credibilidade comprovada, os profissionais sérios acabam verificando as fontes, cruzando informações, compilando dados e preparando textos elaborados sobre os assuntos e notícias que são publicadas nesses veículos.

Algo que a imensa maioria dos internautas não se preocupam em fazer. Basicamente compartilham rapidamente a notícia que cai na sua linha do tempo, ou que recebe do amigo em uma conversa do WhatsApp. Sem pensar duas vezes.

O Facebook tem em curso uma iniciativa de tentar reduzir o volume de notícias falsas publicadas na rede social, principalmente após as fake news publicadas durante a campanha presidencial dos Estados Unidos em 2016. Porém, somando o seu algoritmo e os critérios dos seres humanos que procuram fazer a filtragem dessas mensagens, o resultado pode não ser dos mais eficientes.

No final das contas, o bom senso de quem compartilha a notícia deveria ser o principal critério. Mas eu entendo que não podemos contar com o bom senso do alheio, já que esta também não é uma regra da internet.

Logo, fica sempre aquela recomendação. Nada contra receber uma notícia via Facebook ou WhatsApp. A tecnologia existe para isso, e são ferramentas que tornam a comunicação e divulgação de conteúdos algo mais prático. Por outro lado, tenha sempre um pé atrás antes de receber uma notícia, mesmo que seja de um amigo de confiança.

Evite compartilhar mensagens que no final pedem para você compartilhar para os seus amigos, já que 95% dos virais da internet terminam (ou começam) dessa forma.

E, quando receber uma notícia que você considerar muito absurda ou surpreendente, perca pelo menos uns cinco minutos pesquisando sobre o tema no Google, antes de sair compartilhando uma notícia falsa por aí.

Não só você evita de cometer uma injustiça, mas também evita de passar o vexame de ter que se desculpar com os seus amigos por alguns dias.

Prudência sempre faz bem. Ainda mais na internet.


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@oEduardoMoreira