Isso é meio óbvio, certo? Quem é que gosta do feio?
Bom… sou suspeito para falar, mas…
Não posso aqui dizer que a beleza não é fundamental. O que é belo emerge aos nossos olhos, e é isso o que primeiro observamos e enfatizamos em qualquer pessoa ou coisa. Para qualquer coisa. E para qualquer pessoa.
Eu mesmo admito que, apesar de pregar constantemente o discurso do “o que importa é o que a pessoa traz por dentro”, gosto de ver uma pessoa bem vestida, arrumada, alinhada com a proposta do local onde está. Nada mais natural ou normal.
Por outro lado, em tempos onde nos expomos o tempo todo nas redes sociais, também queremos parecer bonitos por dentro. Escrevemos frases e textos bonitos, que emocionam as pessoas, e que nos aproximam com aqueles que até contam com pensamentos similares, mesmo sem praticá-los.
Mas… será que carregamos tais propósitos dentro de si? Ou estamos querendo ser bonitinhos para todo mundo, oferecendo pílulas de sabedoria que, na prática, não carregamos no bolso nem mesmo para a auto medicação?
A auto análise aqui deve ser feita com sinceridade. O espelho moral é algo difícil de se utilizar na era das redes sociais. Ou quando é utilizado, é apenas para conferir se a vaidade está em dia, e não para fazer uma faxina interna, verificando os pontos onde devemos e podemos mudar para efetivamente nos tornarmos pessoas melhores por dentro e por fora.
O perigo aqui é daquelas pessoas que usam o tal espelho para conferir as novas rugas, pensando na cirurgia plástica. Ou para retocar a suposta boa aparência interna.
Logo, não tenha medo de dizer que ‘beleza é fundamental’, mas não deixe que esse tipo de coisa te afete por dentro ou por fora. Seja autêntico para reconhecer que gosta do que é belo ao seu redor, mas realmente enxergue a beleza interna daqueles que se aproximam de você.
Com certeza você vai encontrar muita coisa boa em pessoas que mais parecem um maracujá de gaveta ou uma manga do avesso.