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MWC 2014 | O Tizen chegou ao mundo, mas não da forma como foi planejado

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Os novos smartwatches apresentados pela Samsung hoje (23) na Mobile World Congress 2014 são o marco do nascimento comercial do Tizen no mercado mobile. Os modelos Samsung Gear 2 e Samsung Gear 2 Neo carregam a plataforma móvel que é mais uma alternativa em relação ao Android e sua dominância.

A Samsung nunca planejou isso de fato. Sempre se imaginou que veríamos o Tizen em smartphones (não necessariamente de baixo custo), se apresentando como alternativa no segmento onde a própria Samsung manda com o Andorid. Porém, a Samsung não queria embarcar sozinha nessa. Precisava de parceiros, de marcas que apostassem nessa ideia. E isso não aconteceu.

Hoje, a Microsoft anunciou novos e importantes parceiros para a empreitada com o Windows Phone, como por exemplo LG, Lenovo, Huawei e outras. Não só isso: a Mozilla anunciou a expansão das parcerias com marcas como LG, Alcatel, ZTE e Huawei, com o objetivo de tornar o Firefox OS ainda mais forte nos mercados emergentes, considerados chave para os dois sistemas.

Percebem como o Tizen está sendo sumariamente ignorado por praticamente todos os fabricantes de dispositivos móveis?

Pois é… para a Samsung não morrer com o sistema operacional nas mãos, eles decidiram mudar a estratégia: lançar em produtos alternativos, onde não temos um sistema móvel consolidado (ok, a maioria usa o Android, mas não é a melhor opção para os relógios inteligentes – o Peeble está aí para confirmar tal teoria). Ou seja, é compreensível ver os coreanos lançando o Tizen em um relógio inteligente.

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Afinal de contas, os smartwatches ainda são produtos que mal iniciaram o seu processo de consolidação no mercado. Muita gente ainda vai comprar um relógio inteligente, outros tantos não sabem por que querem ter um, e mais alguns não pensam muito em qual sistema operacional esse ou aquele smartwatch usa. Desde que o produto funcione, é isso o que importa.

Além disso, a Samsung tem a chance de lançar um produto cujo sistema operacional foi 100% pensado para suas funcionalidades. Tá, eu sei, a Samsung queria ele nos smartphones. Mesmo assim, se o Tizen funcionar bem no Gear 2, ninguém vai pensar muito se o software foi adaptado ou não dos smartphones.

Até porque o Tizen para smartphones não havia sido lançado.

Entendo que é uma decisão minimamente acertada da Samsung. Não correm tantos riscos, podemo corrigir os problemas encontrados no Galaxy Gear original, e pode finalmente estabelecer parâmetros para o segmento de smartwatches.

E eles (e os demais fabricantes) precisam aproveitar o tempo, antes que a Apple lance a sua proposta de smartwatch.


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@oEduardoMoreira