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E a Motorola fez com o Moto G o que a Apple não quer fazer de jeito nenhum

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Eu estava ontem (13) em Salvador (BA), cobrindo o evento de lançamento do Ford Ka Concept (falo mais sobre isso ainda nesta semana), mas fiquei de olho nas redes sociais para acompanhar o lançamento do Moto G, que é considerada a versão de baixo custo do Moto X.

Aliás, o post que saiu no TargetHD falando do lançamento foi produzido entre o voo de Salvador para Belo Horizonte (obrigado, Azul Linhas Aéreas, pela graça alcançada)… assim como esse post, que é produzido entre Belo Horizonte e Campinas. Sério, essas coisas só acontecem no Brasil.

Enfim, vamos ao que interessa: a Motorola chegou para chutar bundas. Contar com o apoio direto da Google é sempre muito bom, mas o resultado final desse anúncio foi melhor do que o esperado. Ou melhor, foi melhor do que aquilo que eu esperava.

Eu imaginava um Moto G mais caro, ou com um valor mais próximo do Moto X. Para a nossa alegria, não foi isso o que aconteceu. Eu acreditava que o valor inicial do novo smartphone da Motorola ficaria em uma faixa de preço de R$ 999, que até então era o valor considerado padrão para os smartphones de linha média. Não foi o que aconteceu.

O Moto G de 8 GB com preço inicial sugerido de R$ 649 desbloqueado é uma excelente opção. Estamos sim diante de um smartphone de linha média, mas com uma experiência de uso bem ajustada para que o smartphone seja totalmente funcional, assim como é no Moto X (que entrega uma usabilidade excelente), um processador Qualcomm Snapdragon 400 quad-core de 1.2 GHz, uma tela de 4.5 polegadas HD (1280 x 720 pixels, com 423 pixels por polegada), e o design rigorosamente igual ao do Moto X.

Nada mal para um produto de linha média, certo?

Mais do que isso. A Motorola coloca o dedo na cara dos seus concorrentes, com uma proposta de Android parrudo com um preço competitivo. De novo, não é um Moto X da vida, e nem pode ser, mas é melhor do que todos os seus concorrentes diretos, sem medo de errar.

Compreendo que, com a chegada do Moto G, os modelos RAZR D3 e o RAZR i serão abandonados. Não que eles deixaram de ser bons smartphones. Porém, não fazem mais sentido, ou perderam a razão de permanecerem vivos no portfólio da Motorola. Apesar disso, pelo menos o RAZR D3 vai receber o Android 4.4 KitKat, o que pode garantir uma sobrevida ao dispositivo.

Porém, se for para comprar um ou outro, escolha o Moto G sem pensar.

Quando leio os colegas blogueiros dizendo “a Motorola acertou de novo”, foi nesse sentido. Buscar um mercado que ainda precisa ser explorado (o de linha média), com um produto que oferece especificações decentes, para um desempenho decente, por um preço competitivo. O mercado de smartphones top de linha já está praticamente dominado (e até saturado, vendo por alguns aspectos), com modelos já escolhidos por usuários que não devem trocar tão cedo de smartphone.

Porém, para os modelos de linha média, ainda existe um mercado em rotação. Não só por conta daqueles que trocam constantemente de smartphone para buscar algo melhor, mas principalmente pelos mercados em desenvolvimento, que é quem está estimulando a venda de smartphones em todo o planeta. Sem falar naqueles que compraram um dispositivo de entrada, e agora querem algo um pouco melhor.

A Motorola, nesse aspecto, deu uma lição pra todo mundo. Não só para a Apple (que faz o discurso que quer os mercados emergentes, mas nada faz para conquistá-los), mas para as demais. É possível sim ter o bom e barato no segmento de smartphones. E o Moto G é a prova cabal disso.


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@oEduardoMoreira